Para chegarmos até a gruta indígena é preciso subir o vale do Rio das Antas pela RST 470 em direção a Veranópolis. A estrada é muito bonita, com curvas, vegetação densa e mirantes que possibilitam a visão para um dos principais rios da região serrana. A sinalização para o acesso da caverna é praticamente inexistente, as poucas placas que encontrei estavam escondidas pelo mato que cercava a rodovia.
Os vestígios encontrados no local da gruta, indicam a habitação de índios Kaingangs há aproximadamente 2.000 anos atrás. Quando cheguei na entrada da caverna (foto acima) não imaginei que o interior dela pudesse ser tão grande, a largura da caverna é de 28 metros e a profundidade é de 67 metros repletos de túneis e passagens internas.
A gruta é de rocha vulcânica e foi formada devido a erosão dos ventos e das chuvas durante milhões de anos. Dentro da caverna a penumbra é total, por isso, antes de visitar o interior da gruta o visitante deve ligar o interruptor das luzes internas que fica na entrada e após a visita deve desligá-lo novamente.
A visita ao local não tem custo nenhum, a descida até a entrada da gruta é feita por uma trilha na mata, são cerca de 500 metros, mas a trilha não é perigosa, nos trechos mais íngremes foram construídas escadas para facilitar a locomoção dos visitantes.